quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Soneto de Julho

Não venho falar de coisas bonitas
A minha tentativa inata é pensar
Para além das palavras benditas
Rimas que poderão te fazer corar
                                                                     
Eu venho falar de duras verdades
Guardadas no silêncio maldito
Em que se esconde nossa Sociedade
Sem espaço para o amor distinto

Fala mansa não trará luz alguma
Por isto tenho por sonho te falar
Palavras de porrete na testa tua

Nua, lânguida solta pela cama
Tua sofrência de realidade
Virá com a idade e com a dor que clama


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

...

O que iremos dizer
não importa.
Mais vale abrir a porta
do nosso ser.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Clamor

Tenho ido cada vez menos
talvez eu devesse voltar mais
tudo cheira a antiguidade
com o farfalhar num cortejo.
Aquele banco era nosso,
a praça, os sons, os cheiros...
tudo nosso, até que a vida
te levou, jogando-me na
solidão dos costumes.
Aquele banco que era nosso
guarda agora outros casais
mas eu o visito de quando em vez,
em uma lista de umas dezenas.
Foi o que restou, e não reclamo!
Apenas cuido dos lugares
de onde fui feliz ao lado de que
eu amei, e ainda amo.
Clamo!






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