sábado, 7 de dezembro de 2013

O silêncio do vazio






Abriu a porta, rápido e certeiro.
Empurrou-a por trás de si e a trancou:
Silêncio do vazio, altaneiro!
Ela já não estava lá e chorou.

Colocou sem pensar as roupas na máquina,
Sabão em pó mais um amaciante.
Na panela de barro alguns legumes
Bastante água, temperos e o arroz.

Brincou cansado com a sua cadela
Junto ao espaço da bagagem dela,
Foi deitar na varanda em sua rede.

De lá fitou o mar, os olhos dela.
Tudo ao redor numa saudosa aquarela;
Ouviu um bem-te-vi, sorriu e dormiu. 


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