quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

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A janela aberta
Por onde entram cigarras
Faz alegre o dia

sábado, 10 de dezembro de 2011

Disfarces


imagem da internet, sem autoria



Porquanto a esperteza de um piolho
Engorda de tanto doce-amargo rubro
Disfarça a coceira com saliva anestésica
Entre os cabelos de sua ingênua presa.

Há afeto entre o bicho e a pele de repolho
Couro duro da cabeça vai pra dentro
Enquanto um disfarça o outro ouve música
O líquido vital é sugado pela incerteza.

Se a relação fosse de troca, olho por olho
Poder-se-ia dizer que era amor ao centro
Mas, um engordava e o outro comia mosca
Até o final da última gota sem beleza.

Ainda tentou catar o piolho
Esmagar com as unhas dos polegares de pronto
Já era tarde, desfaleceu como uma casca
Exaurida e morta, mais um cai pela realeza.

O rei piolho, farto, calma e tranquilamente busca outro sangue.

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A esperteza dita
Traz-me cacho de hortênsias
Sim, assim verão

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

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Da vida criada
Crisálida foi lagarta
Virá a mudança
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