sexta-feira, 10 de junho de 2011

Jaulas



Espaço fechado de valor desvairado
Almejado por tantos deslocados
Não há alojamento para todos
Construção de mais jaulas, mato desmatado.

E olham pelas grades sorridentes
Aqueles donos de sua prisão
Alienados, a zoológicos vão
Ter dó dos bichos presos permanentes.

Não percebem que eles próprios são presos
Em gaiolas de paredes bem decoradas
Conformados com o alto preço, ilesos.

Enjaulam-se como prendem manadas
Proliferam por sobre os indefesos
O homem destrói a natureza a pauladas.
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